Greve: após ameaças, governo e funcionários da Infraero se reúnem
19 de outubro de 2011 • 13h48 • atualizado 13h59


Os funcionários da estatal protestam contra a privatização dos aeroportos, que passarão para regime de concessão. O leilão está previsto para acontecer no ano que vem e a proposta de passar os principais aeroportos brasileiros para a iniciativa privada começará com Cumbica, Viracopos e Brasília, mas deverá ser estendido a outros aeroportos, como o Galeão (Rio de Janeiro-RJ) e Confins (Belo Horizonte - MG).
Concessão
Na última quinta-feira (13), o ministro da Aviação Civil, Wagner Bittencourt entregou ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados econômico-financeiros do edital de concessão dos três aeroportos. Além dos lances mínimos, o ministro apresentou as projeções de investimentos previstos a serem feitos pelos concessionários nos terminais. O lance mínimo que o consórcio deve oferecer pelo aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), será de R$ 2,3 bilhões. Para Viracopos, em Campinas (SP), o valor inicial será de R$ 521 milhões e para Brasília, R$ 75 milhões.

Pelo edital, a Infraero poderá ter até 49% de cada um dos terminais nos três aeroportos e poder de veto em decisões estratégicas. Uma mesma empresa poderá disputar a concessão dos três terminais, que atualmente respondem por 30% dos passageiros, 57% das cargas e 19% das aeronaves do tráfego aéreo brasileiro, mas, caso saia vencedora em mais de um terminal, terá de optar por um deles. O segundo colocado na disputa assume o outro aeroporto.
Também conforme as regras a serem colocadas em consulta pública, empresas estrangeiras estão autorizadas a participar do processo e podem negociar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O edital final do leilão está previsto para ser publicado no final de novembro. Pelas previsões do governo, em abril ou maio os aeroportos já devem estar nas mãos das empresas vencedoras da disputa. A apreciação do texto pelo Tribunal de Contas da União, no entanto, poderá atrasar o cronograma e os aeroportos passariam à iniciativa privada com atrasos.
- Terra
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