MERCADO
Na Era da Informação, o conhecimento é o que pesa
Acúmulo de capital financeiro não é mais tão importante. Essencial é saber gerir o conteúdo
06/03/2012 07:20 - GEORGE CARVALHO Especial para a Folha de Pernambuco

O responsável por esta área deve ser capaz de interagir e agregar valores nos processos de geração, transferência e uso da informação e na documentação no campo do conhecimento. “O principal objetivo é subsidiar a tomada de decisão nas empresas dos mais diveros setores, sejam públicas ou privadas”, explica a coordenadora do curso de Gestão da Informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vildeane da Rocha Borba. “O que garante a segurança na tomada de decisões é a disponibilidade de todas as informações e conhecimentos possíveis. A gestão do conhecimento veio auxiliar no desenvolvimento de soluções relacionadas à competitividade e inovação nas empresas”, completa Sonia Wada, presidente da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC).
De acordo com Wada, cabe à gestão do conhecimento criar, identificar, recolher, organizar, armazenar, partilhar, transferir, socializar e explorar toda informação, filosofia, política, cultura, valores, normas, procedimentos, rotinas e experiências dos colaboradores. Numa empresa, isso pode acontecer através de redes internas, portais, promoção de momentos específicos para conversas informais e grupos de trabalho sobre os mais diversos temas, entre outras práticas criadas com a finalidade de estimular a busca e o compartilhamento da informação.
“Dados, informações e conhecimentos sempre existiram em todas as organizações, sejam elas do primeiro, segundo ou terceiro setor. O que há de novo nesse processo é entender o conhecimento como capital intelectual ativo das instituições”, ressalta Sonia Wada, especialista em informação tecnológica e mestre em inteligência competitiva. O resultado se materializa na aplicação, no ambiente de trabalho, desses saberes cotidianos que são identificados por meio de tais iniciativas.
VANTAGENS
“Os benefícios são inúmeros tanto para a pequena empresa como para as gigantes multinacionais e até governos. As instituições ganham agilidade e mais capacidade de resposta aos problemas, tornam-se mais competitivas e rentáveis. Os trabalhadores, por sua vez, sentem-se valorizados e motivados. Isto aumenta o seu rendimento”, garante a presidente da SBGC, Sonia Wada. E não para por aí: propicia um melhor aproveitamento do conhecimento já existente, contribui para a redução de custos, para o aumento de competitividade e receita, gera empregabilidade, diminui a rotatividade, estimula a criatividade e a vontade constante de aprendizado entre os colaboradores.
Mas, segundo Vildeane da Rocha Borba, coordenadora do curso de Gestão de Informação da UFPE, muitas empresas ainda não se deram conta dessas vantagens. “Demanda por essas práticas relacionadas ao armazenamento e uso das informações sempre vai existir, em toda organização. Mas, muitas vezes, os gestores não se dão conta de que há essa demanda e que existe um profissional específico para lidar com isso e auxiliar as empresas nesses processos que envolvem a gestão do conhecimento como subsídio a tomada de decisões”, oberva Vildeane.
Folha PE
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