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Publicado por Redação PRB em 20/03/2012 às 10h13
BRASÍLIA (DF) – Os interesses dos estados produtores de petróleo, em particular o Rio de Janeiro, foram defendidos pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ). O republicano lembrou que o povo fluminense passou a receber os royalties em decorrência dos danos ambientais e da sobrecarga em sua infraestrutura, como compensação, após a Constituição de 1988 ter retirado do estado os ganhos que até então recebia com o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a ser cobrado no destino, e não na origem.
Senador defende interesses dos produtores de petróleo Eduardo Lopes lembra que royalties compensam perda de ICMS
Publicado por Redação PRB em 20/03/2012 às 10h13
BRASÍLIA (DF) – Os interesses dos estados produtores de petróleo, em particular o Rio de Janeiro, foram defendidos pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ). O republicano lembrou que o povo fluminense passou a receber os royalties em decorrência dos danos ambientais e da sobrecarga em sua infraestrutura, como compensação, após a Constituição de 1988 ter retirado do estado os ganhos que até então recebia com o Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a ser cobrado no destino, e não na origem.Ler Mais+
Segundo o parlamentar, os pagamentos dos royalties, em todos esses anos, não são capazes de recuperar as perdas do ICMS do petróleo, que até 2020 serão de R$ 125 bilhões. “O Rio não é o vilão nessa história. Esses recursos são para compensar as perdas com ICMS. Quantos barris de petróleo bruto saem, diariamente, dos terminais do Estado do Rio para outros estados? Eu respondo. São mais de 1,3 milhão de barris de óleo que vão gerar impostos em São Paulo, principalmente. Enquanto isso, os automóveis fabricados naquele estado, quando são vendidos no Rio, o imposto fica lá, na unidade da federação de origem”, explicou o senador, observando que o petróleo e a energia têm o ICMS cobrado no destino, e que o maior beneficiado com a mudança de critérios para a distribuição de royalties seria o estado mais rico do País: São Paulo.
O parlamentar historiou a polêmica que contrapôs estados não produtores e produtores, e que resultou, no ano passado, na derrota destes no Senado, com aprovação do substitutivo de Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o Projeto de Lei 448/2011, do senador Wellington Dias (PT-PI). O texto vincula o pagamento de royalties do petróleo, tanto do pré-sal quanto do pós-sal, inclusive de contratos em vigor, aos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e foi enviado à Câmara dos Deputados.
Eduardo Lopes lembrou que o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao sancionar o marco regulatório do pré-sal, já havia vetado a chamada “Emenda Ibsen”, com teor semelhante ao projeto de Wellington Dias, por prejudicar os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Diante disso, Eduardo Lopes pediu um novo debate sobre o assunto e apresentou dados em favor da continuidade dos pagamentos realizados aos estados produtores.
Eduardo Lopes enfatizou que as perdas sofridas pelo Rio de Janeiro desde a aprovação da Lei do Petróleo foram 20 vezes o valor que teria sido pago caso o estado continuasse recolhendo o imposto.
Participação especial
Eduardo Lopes reforçou a crítica que tem sido feita pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) quanto às perdas relativas às participações especiais, pagas pelas empresas exploradoras, aos estados e municípios produtores. Conforme salientou Dornelles, dos campos atualmente em produção, somente 14 recolhem o pagamento, quando a cobrança deveria incidir sobre 300 deles. E o marco regulatório do pré-sal e o PLS 448/2011 abrem mão das receitas das participações especiais, em benefício das empresas. O senador também observou que, além dos estados, os municípios produtores terão uma queda abrupta de arrecadação, se for aprovado o PLS 448/2011, em análise na Câmara.
Fonte: Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto
Segundo o parlamentar, os pagamentos dos royalties, em todos esses anos, não são capazes de recuperar as perdas do ICMS do petróleo, que até 2020 serão de R$ 125 bilhões. “O Rio não é o vilão nessa história. Esses recursos são para compensar as perdas com ICMS. Quantos barris de petróleo bruto saem, diariamente, dos terminais do Estado do Rio para outros estados? Eu respondo. São mais de 1,3 milhão de barris de óleo que vão gerar impostos em São Paulo, principalmente. Enquanto isso, os automóveis fabricados naquele estado, quando são vendidos no Rio, o imposto fica lá, na unidade da federação de origem”, explicou o senador, observando que o petróleo e a energia têm o ICMS cobrado no destino, e que o maior beneficiado com a mudança de critérios para a distribuição de royalties seria o estado mais rico do País: São Paulo.
O parlamentar historiou a polêmica que contrapôs estados não produtores e produtores, e que resultou, no ano passado, na derrota destes no Senado, com aprovação do substitutivo de Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o Projeto de Lei 448/2011, do senador Wellington Dias (PT-PI). O texto vincula o pagamento de royalties do petróleo, tanto do pré-sal quanto do pós-sal, inclusive de contratos em vigor, aos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e foi enviado à Câmara dos Deputados.
Eduardo Lopes lembrou que o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao sancionar o marco regulatório do pré-sal, já havia vetado a chamada “Emenda Ibsen”, com teor semelhante ao projeto de Wellington Dias, por prejudicar os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Diante disso, Eduardo Lopes pediu um novo debate sobre o assunto e apresentou dados em favor da continuidade dos pagamentos realizados aos estados produtores.
Eduardo Lopes enfatizou que as perdas sofridas pelo Rio de Janeiro desde a aprovação da Lei do Petróleo foram 20 vezes o valor que teria sido pago caso o estado continuasse recolhendo o imposto.
Participação especial
Eduardo Lopes reforçou a crítica que tem sido feita pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) quanto às perdas relativas às participações especiais, pagas pelas empresas exploradoras, aos estados e municípios produtores. Conforme salientou Dornelles, dos campos atualmente em produção, somente 14 recolhem o pagamento, quando a cobrança deveria incidir sobre 300 deles. E o marco regulatório do pré-sal e o PLS 448/2011 abrem mão das receitas das participações especiais, em benefício das empresas. O senador também observou que, além dos estados, os municípios produtores terão uma queda abrupta de arrecadação, se for aprovado o PLS 448/2011, em análise na Câmara.
Fonte: Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto
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