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Aniversário de 99 anos de Luiz Gonzaga

Aniversário de 99 anos de Luiz Gonzaga
Nas calçadas de Exu (Pernambuco)
Exu é um município brasileiro do estado de Pernambuco. Administrativamente, o município é composto pelo distrito sede e pelos povoados de Tabocas, Timorante, Viração e Zé Gomes.


Dia nublado em Exu

A chuva fina que caiu durante a manhã cessou à tarde mas o tempo nublado persistiu durante todo o dia do aniversário de 99 anos de Luiz Gonzaga em Exu. O clima esfriou um pouco – frase que, aqui, não tem sentido negativo nenhum. As ruas ficaram mais ou menos vazias, já que é feriado municipal, mas tinha muita gente nas calçadas e nas barracas de bebidas. Em quase todo carro com a mala aberta – e tinham muitos – o som que saía das caixas era Luiz Gonzaga. Mas isso não é um padrão em Exu.
“Hoje as rádios daqui vão tocar Gonzaga, mas amanhã não. O que tocam é pagode, sertanejo e essa música horrorosa que colocaram o nome de forró. Aquilo não é forró em canto nenhum!”, reclama Joquinha Gonzaga, o parente mais próximo do Rei do Baião que ainda mora em Exu.
Encontrei com Joquinha por volta das 17h, depois de encontrar com Seu João sentado na calçada com a esposa, observando o movimento da rua. Me aproximei e perguntei se ele tinha chegado a conhecer Luiz Gonzaga. “Mas demais! Era meu amigo!”, se animou. Foi logo puxando uma cadeira no terraço e trazendo para a calçada. Me sentei e comecei a gravar.
Seu João tem 68 anos e conheceu Gonzagão quando trabalhava entregando gás em uma loja no centro da cidade. Não lembra bem em que ano foi. “Mas eu ainda era solteiro. Ele tirava muita brincadeira e conversava muito comigo. E era só comigo, não tratava os outros funcionários como me tratava não”, lembra, orgulhoso. “Ele sempre trazia presentes para mim. Era uma calça, uma camisa, um sapato…E ele pedia para eu escolher o que queria”.

Seu João lembrando das histórias com Gonzaga
Naquela época, há mais de trinta anos, Gonzaga costumava ir de três a quatro vezes por ano para temporadas curtas em Exu. Todo mundo sabia quando ele chegava na cidade. “Ele andava por tudo que é canto. Vivia por aí..todo mundo gostava dele”, diz Seu João. “Assim que ele chegava ele passava lá na loja de dona Maroli. Ela era muito amiga dele”, conta. Não passam vinte minutos e dona Maroli passa de carro na rua, com o esposo dela. Mas história dela, que foi muito amiga de dona Helena Gonzaga, fica para o próximo post.
Conversar com Joquinha, dona Maroli e seu João serviu para entender um pouco – mas não aceitar – porque a memória de Luiz Gonzaga, filho tão ilustre de Exu, é tão pouco sentida por aqui. Se no Juazeiro do Norte temos a cada esquina declarações públicas do amor da cidade pelo seu benfeitor, podemos entrar e sair do centro de Exu quase sem notar que um dos artistas mais importantes do Brasil nasceu aqui e amou tanto essa cidade.
Em uma tarde de conversas com os três, separadamente, uma frase foi repetida quando perguntei porque Exu não celebra Gonzagão como deveria: “Santo de casa não faz milagre”. A mesma frase também foi dita por Dominguinhos, de manhã. Seu João deu também uma outra resposta: “É porque parece que ele não morreu. É como se ele ainda vivesse por aqui”.

Esse post foi escrito em 13 de dezembro, 2011 às 23:20 e está arquivado sob Sem categoria. Você pode seguir eventuais respostas a esta entrada através do feed RSS 2.0. Você pode deixar uma resposta, ou trackback a partir do seu próprio site.
 Na casa de Gonzagão
 Fonte: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/gonzagao/?p=32




 
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